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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Países Desenvolvidos do Norte II: Europa

✸União Europeia 

A União Europeia reúne hoje 27 nações e forma um dos blocos econômicos mais consolidados do mundo.

● O Tratado de Maastricht e a criação da União Europeia

O Tradado de Maastricht promoveu um aprofundamento do papel da comunidade, dando início ao que se denominou União Europeia. Procurou-se a partir daí reforçar a cooperação política, desenvolver a vertente social da comunidade e melhorar a eficácia e a legitimidade democrática das instituições. Esse tratado trouxe a efetivação de um mercado único, estabeleceu uma moeda única, o euro, e a criação de um Banco Central Europeu. Dando continuidade ao processo de alargamento, em 2004, mais dez países passaram a fazer parte da instituição: Chipre, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Com a adesão da Romênia e da Bulgária em 2007, a União Europeia elevou para 27 o número de Estados-membros. Com essa ampliação, a União Europeia se fortaleceu e ganhou maior poder de negociação no comércio mundial. Vale ressaltar que nem todos os países da União Europeia utilizam o euro como moeda de troca (p/ exemplo Reino Unido, Suécia e Dinamarca). Quanto as questões ambientais, o Tratado de Maastricht foi importante a medida que incluiu o conceito de aprovar normas ambientais comuns entre os países-membros. Com isso foi possível orientar a construção de políticas e tomadas de decisões refentes às alterações climáticas e à redução no consumo de energia. Entre as medidas estão:
-Reduzir em 20% as emissões de gases do efeito estufa da UE até 2020;
-Economizar 20% no consumo de energia;
-criar 12 instalações de grande porte que demonstrem tecnologias sustentáveis de combustíveis até 2015;


● Aspectos Econômicos

         Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução econômica, apoiado no Plano Marshall e na integração do continente, originou transformações internas significativas. Dessa forma, a produção industrial e as exportações de produtos e também de capitais cresceram substancialmente. Muitos dos produtos consumidos no mundo são feitos nesse continente ou em uma de suas empresas instaladas por quase todo o planeta (p/ exemplo Siemens-Alemanha, Fiat-Itália e Renault-França). O turismo constitui uma atividade importante para a economia de vários países europeus rendendo grandes dividendos para seu PIB.
A agricultura europeia se destaca por ser altamente diversificada por utilizar tecnologias avançadas e pela produtividade elevada. As produções de maior destaque são as de cereais, como o trigo, a aveia, o centeio e a cevada, cultivados em países como Itália, França e Alemanha. Nos países mediterrâneos destacam-se as oliveira para produção de azeite e os vinhedos para a fabricação de vinhos. Em virtude das condições ideias de clima e de solo, os produtos desses países são reconhecidos internacionalmente. Quanto à pecuária, ela é desenvolvida de forma intensiva, onde os rebanhos são confinados e tratados com os mais avançados recursos tecnológicos do setor. O rebanho mais importante é o bovino. A pesca, favorecida pelo enorme litoral e pela presença da corrente do Golfo, é fundamental para a economia de países como Noruega, Portugal e Islândia. No setor energético, embora o consumo seja muito maior que a produção, existem no subsolo dos países da União Europeia grandes reservas de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural), principalmente na Alemanha, no Reino Unido e na Noruega. A exploração madeireira ocorre principalmente nas florestas boreais dos países escandinavos e constitui importante fonte de renda para esses países.

● Aspectos Demográficos

         A União Europeia possui hoje cerca de 500 milhões de habitantes, o que faz a maioria de seus países membros, por suas dimensões territoriais, ser bastante povoada. Porém, a distribuição dessa população é bastante irregular, em virtude de fatores como o clima e o desenvolvimento econômico. Em relação ao crescimento populacional, as taxas estão entre as mais baixas do mundo, chegando a ser negativas em muitos países. A queda nos índices de natalidade é o fator mais importante para entender esse processo.

✸Federação Russa e Comunidade dos Estados Independentes (CEI)


         A Rússia apresenta um índice de desenvolvimento humano próximo ao do Brasil e exerce um papel político-econômico expressivo. Além disso a Federação Russa é a maior e mais importante república da antiga União Soviética ( URSS) e lidera o conjunto de países que formam atualmente a Comunidade dos Estados Independentes. A CEI é uma organização supranacional criada após a dissolução da URSS em 1991. Com exceção dos países bálticos (Lituânia, Letônia, Estônia) e mais recentemente a Geórgia, todas as outras ex-repúblicas soviéticas mantêm-se na CEI. A maioria dos países da ex-URSS enfrentou grandes dificuldades para se reerguer economicamente. Em grande parte, a Rússia tem conseguido manter-se com ajuda estrangeira; além disso, possui grandes jazidas minerais, especialmente de carvão, gás natural e petróleo, o que lhe possibilita ganhos comerciais significativos.
A desestatização associada às grandes dividas internas e externas e à falta de competitividade de suas empresas, levou esses países a recessão. O ápice dessa crise ocorreu em 1998 com a decretação da moratória no pagamento da divida externa do país. A desconfiança do mercado abalou as bolsas de valores no mundo todo e motivou uma crise global. Com um empréstimo contraído junto ao FMI e o aumento nas exportações de petróleo, a Rússia retomou o seu crescimento econômico a partir de 2000. Cerca de um terço da sua população, no entanto, ainda vive na pobreza. A situação só não é pior por causa de alguns indicadores sociais, que conservam as heranças positivas características do período socialista.

✸Países Bálcãs


Os países dos Bálcãs localizam-se no sudeste do continente europeu e englobam, na sua maioria, repúblicas formadas após o desmembramento da antiga Iugoslávia, com exceção da Albânia. Desses países, apenas a Eslovênia foi integrada à União Europeia.

Países Desenvolvidos do Norte I

Características Gerais dos países desenvolvidos

          A origem das regiões desenvolvidas do planeta está diretamente ligada ao surgimento do capitalismo e à sua consolidação no mundo moderno, que ocorreu a partir de processos como o mercantilismo, o colonialismo, o imperialismo e a globalização. O desenvolvimento comercial e, posteriormente, o industrial foi fator decisivo no estabelecimento da Divisão Internacional do Trabalho, definindo assim a atual divisão Norte-Sul.
           De maneira geral, pode-se perceber que os países ricos trazem como marca de desenvolvimento uma produção industrial significativa; investimentos maciços em pesquisas e tecnologia; um setor de serviços dinâmico e um desenvolvimento agropecuário apoiado na utilização de tecnologia avançadas. Já os índices sociais são elevados, e a maioria da população tem acesso a emprego, moradia transportes, saúde, educação, lazer e cultura, sendo que uma pequena parte da população vive em más condições de vida.

Estado de Bem-Estar Social (WELFARE SATATE)

          A política caracterizada como o Estado de Bem-Estar Social foi desenvolvida primeiramente nos Estados Unidos e consistiu num intervenção do governo do presidente Roosevelt diante da Grande Depressão de 1929. Entre outras coisas, a política pressupunha direitos ao indivíduo, desde o nascimento até a morte, a um conjunto de bens e serviços. Sendo que estes deveriam ser garantidos pelo Estado ou pelo seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Exemplos desses direitos foram: a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima e recursos adicionais para a criação dos filhos.
          Após a Segunda Guerra Mundial essa política se estendeu para os países da Europa Ocidental, ampliando também a ideia de democracia, de cidadania, além do atendimento às questões sociais. Assim em praticamente todos os países desenvolvidos os cidadãos já nascem com direitos garantidos e têm a certeza de que eles serão cumpridos.

América Anglo-Saxônica

          A América Anglo-Saxônica é formada por Estados Unidos e Canadá e consiste numa região que apresenta aspectos comuns em relação às característica históricas econômicas e culturais decorrentes do predomínio da colonização inglesa,  embora os franceses tenham exercido grande influência na formação do Canadá.
          Esses dois países possuem cerca de 340 milhões de habitantes e um território de quase 20 milhões de quilômetros quadrados de área. O Canadá é o segundo mais extenso do planeta, e os Estados Unidos, o quarto.



          Em 1565, os espanhóis foram os primeiros a chegar, dando origem ao primeiro povoado no atual estado da Flórida, no sudeste do país. Quatro décadas depois, os ingleses dominariam a costa Atlântica dessa parte do continente americano. Em 1608, os franceses ocuparam a parte da costa leste do atual Canadá e depois o vale do rio São Lourenço. Em meados do século XVIII, Quebec e Montreal, as duas principais cidades francesas da América, foram conquistadas pelos ingleses, que passaram a administrar esses territórios.
          Com a formação das 13 colônias inglesas na América do Norte, a imigração inglesa tornou-se mais intensa. De 1690 a 1775, o número de europeus que viviam nas colônias anglo-saxônicas da América do Norte saltou de 250 mil para 2,5 milhões. Ao contrário das colonizações espanhola e portuguesa, que se ocuparam apenas da exploração das terras recém-conhecidas, os colonos britânicos que se estabeleceram nas colônias do norte chegaram com o objetivo de fixar residência.
          Nesse modelo de colonização, foram estabelecidas colônias de povoamento, nas quais os ingleses promoveram o desenvolvimento de um mercado interno, construído estaleiros navais, casas comerciais, bancos, oficinas manufatureiras e, posteriormente, indústrias.
          O aumento dos impostos pelo Inglaterra deflagrou inúmeras revoltas e manifestações, fato que levou os colonos americanos a declara a independência das Treze Colônias da América, em 1776, o que deu origem aos Estados Unidos da América.
          No Canadá, entretanto, o processo de conquista da autonomia foi mais lento, ocorrendo somente em 1931, por meio de um tratado com a Inglaterra. atualmente esse país integra a Comunidade Britânica das Nações, criada em 1926, com o objetivo de abolir as tarifas comerciais entre seus participantes.

                                             
● Estados Unidos da América

A expansão territorial foi acompanhada de dois fatores importantes: a vinda de imigrantes em massa e a construção de ferrovias que ligaram a costa leste ao Pacífico, propiciando, dessa forma a expansão econômica do país. vale dizer que de 1812 a 1850, a população dos Estados Unidos aumentou de 7,5 para 23 milhões e o seu território cresceu de 4,36 milhões para 7,7 milhões de quilômetros quadrados. A população do Estados Unidos é composta basicamente de descendentes de europeus que emigraram em diferentes épocas a partir do século XVI. Somam-se a eles os descendentes de africanos vindos na época da escravidão, os asiáticos e uma minoria de ameríndios, Atualmente destaca-se a comunidade de latino-americanos que vem crescendo significativamente no país. Todos esses povos são responsáveis pela formação de uma nação que ocupa 50 estados: 48 contíguos mais o Alasca, na porção noroeste do continente, e o arquipélago do Havaí, no oceano Pacífico. Atualmente, os Estados Unidos são a maior potência econômica do planeta,  destacando-se em todos os setores. Na agricultura, o país é grande produtor de soja, trigo, batata, milho algodão e feijão. Na pecuária, está entre os maiores produtores de carnes de frango, porco e boi, enquanto na  mineração o destaque fica para a produção de petróleo, carvão mineral, gás natural, fosfato, cobre, entre outros.

● Canadá

O Canadá é um dos países com melhor padrão de vida do mundo, com baixos índices de mortalidade infantil e analfabetismo e elevada expectativa de vida. A população canadense é formada principalmente por descendentes de ingleses e franceses, por  isso, o inglês e o francês são considerados idiomas oficiais. O Canadá detém em seu território grandes reservas de minérios, como zinco, urânio, amianto, níquel, petróleo e gás natural. Existe no país um grande potencial hidrelétrico; no entanto, elevado consumo de energia para o aquecimento faz com que quase toda produção seja destinada ao uso interno. No setor agrícola, o país se destaca pela produção de trigo, cevada, milho, aveia e canola e, na pecuária, apresenta grandes criações de bovinos, ovinos, suínos e aves, além de ser um dos maiores produtores mundiais de pescados. A indústria canadense é bastante diversificada, com destaque para equipamentos de transporte, papel, produtos químicos, eletroeletrônicos, metalúrgicos e produtos de alta tecnologia, como satélites de comunicação.


Nações Desenvolvidas do Pacífico

          Em 1993 foi criado o bloco econômico denominado Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico). Fazem parte desse bloco o Japão, a Austrália e a Nova Zelândia.

● Japão

 O Japão, com 377800 km² e uma população em torno de 128 milhões de habitantes, é um país bastante povoado, com 80% das pessoas residentes nas áreas urbanas. O relevo do japão se caracteriza pela predominância de montanhas. As planícies estão localizadas basicamente na faixa litorânea e nos sopés das montanhas, onde se concentra a maior parte da população. A floresta é a vegetação predominante e cobre naus de 60% do território, sua preservação é fundamental para o país. É também um dos países mais desenvolvidos economicamente, apresentando elevado Índice de Desenvolvimento Humano. O bom resultado comercial japonês depende diretamente das trocas feitas com os norte-americanos que vêm favorecendo a balança comercial nipônica. Por isso, qualquer crise que afete os Estados Unidos atinge também o Japão. Por causa do baixo crescimento vegetativo há necessidade de mão de obra estrangeira, principalmente para atividades que não exigem elevada qualificação. O produto  Agrícola de maior destaque é o arroz, base da alimentação japonesa e único bem agrícola no qual o país é autossuficiente. Outros produtos cultivados em solo japonês são: frutas, cereais, soja, legumes, hortaliças etc., embora o país tenha que importar grande parcela desses alimentos. O país apresenta ainda a maior frota pesqueira do planeta. Seus navios recolhem e processam milhões de toneladas de pescados todos os anos, o que gera conflito com outros países do Pacífico. O Japão importa praticamente todo o petróleo que consome, além de carvão, bauxita, cobre, ferro e outros minérios. Grande parte dessa matéria-prima é utilizada na indústria local; o restante é exportado como  produto semimanufaturado. O estabelecimento de um parque produtivo altamente automatizado e robotizado, que diminuiu gastos com mão de obra e permitiu aumentar significativamente a produção, foi determinante para que o Japão se tornasse a grande potência mundial de hoje.

● Austrália

A Austrália possui uma área de 7713300 km² e uma população de pouco mais de 21,3 milhões de habitantes. Com isso, sua densidade demográfica é uma das mais baixas do globo, com 2,6 hab./ km² aproximadamente. Do ponto de vista social, o país apresenta elevados níveis de PIB per capita, alfabetização e expectativa de vida (80 anos). Esse conjunto de indicadores levou o país a apresentar um dos melhores índices de desenvolvimento humano do mundo, assumindo a segunda posição do ranking mundial, de acordo com o Relatório do PNUD em 2009. Até a segunda Guerra Mundial, a economia australiana era baseada praticamente na exportação de bens primários, principalmente lã e gêneros alimentícios, como laticínios, carne, açúcar e trigo. Nesta época, as relações comerciais eram extremamente dependentes do Reino Unido, metade das importações de produtos manufaturados vinha daquele país e mais de 55% de tudo o que a Austrália exportava tinha como destino os consumidores britânicos. Após a Segunda Guerra Mundial, o governo australiano reforçou seu mercado interno e diminuiu a dependência política e econômica em relação à Inglaterra. Com isso, além da restrição às importações, foram feitos investimentos em infraestrutura em energia elétrica e irrigação. Vária indústria foram instaladas no país, como é o caso das indústrias automobilísticas estadunidenses e indústrias de base, como siderúrgicas e petroquímicas, além de estaleiros incentivou a imigração com objetivo de atrair mão de obra e fortalecer o povoamento do país. Atualmente, um dos setores mais importantes da economia australiana é o da mineração, e o país é um dos maiores produtores mundiais de minério de ferro, carvão, níquel e ouro. A partir da década de 1970 o país desenvolveu novas parcerias comerciais nesse setor. Primeiramente com o Japão, e atualmente com a China, que, além de ser o maior comprador de minérios australianos, começa a adquirir empresas do setor, buscando com isso controlar os minérios de que necessita para suas indústrias. 

● Nova Zelândia

A Nova Zelândia possui elevado índice de desenvolvimento humano, pois apresenta altos níveis de PIB per capita, alfabetização expectativa de vida (79 anos), o que o insere no grupo dos países desenvolvidos. A população neozelandesa é formada principalmente por descendentes de britânicos (86%). A outra pequena parte é de maoris(povo nativo) e outros povos polinésios. A ilha do norte concentra maior parte da população em cidades como Auckland, a maior do país, e Wellington, a capital. A principal atividade produtiva do país é a agropecuária. A Nova Zelândia é grande produtora de leite e derivados e principalmente de lã. Em virtude de seus atributos naturais, nos últimos anos o país tornou-se polo do ecoturismo internacional, atraindo adeptos de esportes de aventura como o rafting, bungee jump e balonismo. A Nova Zelândia é formada por duas ilhas principais. Na ilha do norte, a atividade tectônica é constante, com a presença de vários vulcões e gêiseres; já na ilha do sul, há uma cadeia de montanhas de formação recente, os Alpes Neozelandeses, com altitudes superiores a 3000 metros e dezenas de geleiras de fiordes.
                                                                                                 (Fonte: GEOGRAFIA sociedade e cotidiano 3/ volume único Espaço mundial
                                                                                                                                               Dadá Matins/ Francisco Bigotto/ Márcio Vitiello)

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